Caminha sob o sol uma mulher
Olhares sobre suas curvas
Também se pode ouvir alto as exigências
E os dedos que lhe troçam
Passos de ansiedade, feito quem pede licença
Se percebe o constrangimento
Sob os valores que lhe atiram
Blocos de concreto sacralizado
Contra o seu corpo em chagas
Pelo mundo erra uma mulher
E estão estampados os gritos
Que lhe acusam os filhos
Que lhe cobram a decência
Nas muitas placas que regulam os desvios
Olhe bem essa mulher que caminha
Cabe no seu dedo um gatilho
E no bolso apertado ao peito
um mapa de Rojava
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